Pessoal, os textos abaixo servem como apoio para a realização da prova de 2ª chamada. Leiam os atentamente e reflitam criticamente sobre o assunto.
Boa prova!!!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Textos de apoio para a prova de 2ª chamada
Texto 1
Nunca choveu tanto em um mês de novembro em Santa Catarina
Um milhão e meio de pessoas foram atingidas pelos temporais no estado. Já são 64 mortos. O maior porto do estado fechou, milhares de famílias perderam as casas, crianças estão sem aulas e a chuva não dá trégua. Numa fração de segundos o barranco foi abaixo em Florianópolis, 150 metros de pista cobertos por terra.
As equipes de resgate trabalham há mais de 24 horas na montanha de 10 metros, mas por enquanto foi encontrado apenas um caminhão. Não há sinais do motorista.
“Estamos trabalhando em uma área sujeita a novos deslizamentos”, explica um integrante da equipe de resgate.
Em Blumenau o estrago é tão grande que a defesa civil do estado não ainda conseguiu calcular o número de casas destruídas. Um cinegrafista amador flagrou o momento exato em que uma residência é atingida. Em outro ponto da cidade 11 casas foram soterradas por uma encosta ontem à noite. Cinco corpos foram retirados. “A gente só escutou o barulho, por volta das 23h, daí veio tudo pra baixo”, conta um morador. A terra que desceu com a chuva também atingiu a casa de Fernanda. Em poucos minutos estava tudo destruído. “Dói, sabe?”, chora a moradora.
Oito municípios catarinenses estão isolados por causa da chuva, dois na Grande Florianópolis, dois no norte do estado e quatro no Vale do Itajaí. "Essa é a maior tragédia climática que já tivemos em Santa Catarina", diz Luiz Henrique da Silveira, governador.
A BR-101, principal ligação com o Rio Grande do Sul está bloqueada há mais de 48 horas no município da Palhoça e no trecho que liga ao Paraná, em Garuva.
Em Florianópolis a chuva rompeu uma adutora e prejudicou o abastecimento de água em vários nos municípios da região. Postes desabaram em todo o estado, 150 mil pessoas estão sem energia elétrica. Quase 300 escolas suspenderam as aulas por tempo indeterminado, muitas são usadas como alojamento para abrigar as vítimas da enchente.
A ajuda começa a chegar, cinco mil cestas básicas e 12 mil colchões partiram do Rio Grande do Sul em carretas. O Governo Federal mandou helicópteros para ajudar no resgate das vítimas. Aviões da Força Aérea Brasileira trazem cobertores e cestas básicas. O maior desafio agora é fazer com que tudo isso chegue até as vítimas da enxurrada.
No início da noite, a defesa civil de Santa Catarina abriu uma conta bancária para receber doações.
Fonte: g1.globo.com/jornaldaglobo
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Texto 2
A destruição e os óbitos proporcionados pela enchente que devasta a região Leste de Santa Catarina voltaram a pautar a sessão ordinária da Assembléia Legislativa. Desta vez, porém, o assunto direcionou-se para a apreciação do Código Ambiental, instrumento que pode, a partir de seus encaminhamentos, impedir ou diminuir o impacto de novas catástrofes, bem como piorar as conseqüências de desastres futuros.
Neste sentido, o deputado Pedro Uczai (PT) fez uma avaliação contundente. Para ele, "é uma pena que seja preciso um acontecimento desta magnitude para que façamos uma discussão mais aprofundada da questão ambiental”. O parlamentar afirmou que desmatamentos, construções em locais irregulares, plantações em áreas de risco e ausência de mata ciliar nos leitos de rios são alguns dos motivos que deram a esta enchente caráter tão grave. "Estamos apreciando um projeto de Código Ambiental que desrespeita a Lei Federal e compromete o futuro da população catarinense", avaliou Uczai.
Fazendo coro aos argumentos do líder de seu partido na Casa, o deputado Jailson Lima (PT) disse que esta enchente é, além de um desastre natural, "um grito da natureza pedindo socorro e nos alertando das nossas responsabilidades. "Todos os núcleos de estudo concluem que o descaso do poder público permitiu construções em regiões irregulares, desrespeitando as características do solo e do meio-ambiente. Não basta ser solidária, a Assembléia precisa ter responsabilidade nas questões que influenciam o meio-ambiente", alegou o petista.
Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina 27 de Novembro de 2008
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Texto 3
Enchentes em SC 'são reflexo de mudanças na Amazônia', diz 'Clarín'
As enchentes em Santa Catarina, que mataram dezenas de pessoas e deixaram milhares desabrigadas, são sinal de que o impacto do aquecimento global sobre a Amazônia já está tendo um reflexo sobre o clima da América do Sul, diz artigo na edição desta terça-feira do jornal argentino, Clarín.
"Começa então a se cumprir, muito antes do previsto, o que vêm advertindo os cientistas, entre eles os do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. (...) As mudanças na floresta amazônica, em conseqüência do aquecimento global e da ação destrutiva do homem, já começaram a se fazer sentir no Cone Sul", diz o diário.
"As tempestades em Santa Catarina, simultaneamente às fortes secas no Chaco, em Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé e Córdoba" são citados pelo artigo como reflexos de mudanças na Amazônia.
O Clarín ouviu dois especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) para explicar o fenômeno.
Segundo o jornal, "o físico Antônio Ozimar Manzi afirmou: 'Esta zona (que inclui a selva no Brasil e mais outros oito países da região) é a principal fonte de precipitações na região'. E tudo o que acontecer modificará de maneira decisiva o clima no sul e no norte da América do Sul".
Paulo Artaxa, também ouvido pelo jornal argentino, explica que "no céu da Amazônia há um sistema eficaz de aproveitamento do vapor d'água (...) mas a fumaça dos incêndios florestais altera drasticamente este mecanismo: diminui a formação de nuvens e chuvas em algumas regiões e aumenta as tempestades em outras".
O Clarín conclui que "não é de se estranhar fenômenos como as inundações de Santa Catarina quanto a seca no norte, centro e leste da Argentina". "Não são castigos divinos, mas bem humanos."
www.bbcbrasil.com______________________________________________________________________________________________________
Nunca choveu tanto em um mês de novembro em Santa Catarina
Um milhão e meio de pessoas foram atingidas pelos temporais no estado. Já são 64 mortos. O maior porto do estado fechou, milhares de famílias perderam as casas, crianças estão sem aulas e a chuva não dá trégua. Numa fração de segundos o barranco foi abaixo em Florianópolis, 150 metros de pista cobertos por terra.
As equipes de resgate trabalham há mais de 24 horas na montanha de 10 metros, mas por enquanto foi encontrado apenas um caminhão. Não há sinais do motorista.
“Estamos trabalhando em uma área sujeita a novos deslizamentos”, explica um integrante da equipe de resgate.
Em Blumenau o estrago é tão grande que a defesa civil do estado não ainda conseguiu calcular o número de casas destruídas. Um cinegrafista amador flagrou o momento exato em que uma residência é atingida. Em outro ponto da cidade 11 casas foram soterradas por uma encosta ontem à noite. Cinco corpos foram retirados. “A gente só escutou o barulho, por volta das 23h, daí veio tudo pra baixo”, conta um morador. A terra que desceu com a chuva também atingiu a casa de Fernanda. Em poucos minutos estava tudo destruído. “Dói, sabe?”, chora a moradora.
Oito municípios catarinenses estão isolados por causa da chuva, dois na Grande Florianópolis, dois no norte do estado e quatro no Vale do Itajaí. "Essa é a maior tragédia climática que já tivemos em Santa Catarina", diz Luiz Henrique da Silveira, governador.
A BR-101, principal ligação com o Rio Grande do Sul está bloqueada há mais de 48 horas no município da Palhoça e no trecho que liga ao Paraná, em Garuva.
Em Florianópolis a chuva rompeu uma adutora e prejudicou o abastecimento de água em vários nos municípios da região. Postes desabaram em todo o estado, 150 mil pessoas estão sem energia elétrica. Quase 300 escolas suspenderam as aulas por tempo indeterminado, muitas são usadas como alojamento para abrigar as vítimas da enchente.
A ajuda começa a chegar, cinco mil cestas básicas e 12 mil colchões partiram do Rio Grande do Sul em carretas. O Governo Federal mandou helicópteros para ajudar no resgate das vítimas. Aviões da Força Aérea Brasileira trazem cobertores e cestas básicas. O maior desafio agora é fazer com que tudo isso chegue até as vítimas da enxurrada.
No início da noite, a defesa civil de Santa Catarina abriu uma conta bancária para receber doações.
Fonte: g1.globo.com/jornaldaglobo
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Texto 2
A destruição e os óbitos proporcionados pela enchente que devasta a região Leste de Santa Catarina voltaram a pautar a sessão ordinária da Assembléia Legislativa. Desta vez, porém, o assunto direcionou-se para a apreciação do Código Ambiental, instrumento que pode, a partir de seus encaminhamentos, impedir ou diminuir o impacto de novas catástrofes, bem como piorar as conseqüências de desastres futuros.
Neste sentido, o deputado Pedro Uczai (PT) fez uma avaliação contundente. Para ele, "é uma pena que seja preciso um acontecimento desta magnitude para que façamos uma discussão mais aprofundada da questão ambiental”. O parlamentar afirmou que desmatamentos, construções em locais irregulares, plantações em áreas de risco e ausência de mata ciliar nos leitos de rios são alguns dos motivos que deram a esta enchente caráter tão grave. "Estamos apreciando um projeto de Código Ambiental que desrespeita a Lei Federal e compromete o futuro da população catarinense", avaliou Uczai.
Fazendo coro aos argumentos do líder de seu partido na Casa, o deputado Jailson Lima (PT) disse que esta enchente é, além de um desastre natural, "um grito da natureza pedindo socorro e nos alertando das nossas responsabilidades. "Todos os núcleos de estudo concluem que o descaso do poder público permitiu construções em regiões irregulares, desrespeitando as características do solo e do meio-ambiente. Não basta ser solidária, a Assembléia precisa ter responsabilidade nas questões que influenciam o meio-ambiente", alegou o petista.
Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina 27 de Novembro de 2008
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Texto 3
Enchentes em SC 'são reflexo de mudanças na Amazônia', diz 'Clarín'
As enchentes em Santa Catarina, que mataram dezenas de pessoas e deixaram milhares desabrigadas, são sinal de que o impacto do aquecimento global sobre a Amazônia já está tendo um reflexo sobre o clima da América do Sul, diz artigo na edição desta terça-feira do jornal argentino, Clarín.
"Começa então a se cumprir, muito antes do previsto, o que vêm advertindo os cientistas, entre eles os do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. (...) As mudanças na floresta amazônica, em conseqüência do aquecimento global e da ação destrutiva do homem, já começaram a se fazer sentir no Cone Sul", diz o diário.
"As tempestades em Santa Catarina, simultaneamente às fortes secas no Chaco, em Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé e Córdoba" são citados pelo artigo como reflexos de mudanças na Amazônia.
O Clarín ouviu dois especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) para explicar o fenômeno.
Segundo o jornal, "o físico Antônio Ozimar Manzi afirmou: 'Esta zona (que inclui a selva no Brasil e mais outros oito países da região) é a principal fonte de precipitações na região'. E tudo o que acontecer modificará de maneira decisiva o clima no sul e no norte da América do Sul".
Paulo Artaxa, também ouvido pelo jornal argentino, explica que "no céu da Amazônia há um sistema eficaz de aproveitamento do vapor d'água (...) mas a fumaça dos incêndios florestais altera drasticamente este mecanismo: diminui a formação de nuvens e chuvas em algumas regiões e aumenta as tempestades em outras".
O Clarín conclui que "não é de se estranhar fenômenos como as inundações de Santa Catarina quanto a seca no norte, centro e leste da Argentina". "Não são castigos divinos, mas bem humanos."
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sábado, 18 de outubro de 2008
Texto1
A primeira pergunta que se coloca é: por que há crianças nas ruas pedindo esmolas? E o que oferecer a elas para que prefiram a escola, o lazer, a cultura e a qualificação profissional a ficar expostas a todo tipo de maldade nas grandes cidades? O raciocínio de tirá-las à força das ruas para devolvê-las às suas famílias ou para saber se os adolescentes têm mandado de busca e apreensão é simplista, ilegal e uma medida marcada pelo imediatismo de quem não sabe propor políticas públicas para a infância e a juventude. Quem não consegue fazer algo consistente que diminua a violência faz qualquer coisa para disfarçar o imobilismo diante da degradação que tomou conta do aparato de segurança e da ausência de políticas sociais. A sociedade já tem experiências suficientes quanto à proteção integral de crianças e adolescentes para sugerir e implantar. Violência maior é querer tirar desse jeito das ruas aqueles que lá atiramos pela nossa omissão e comodismo.
Padre Júlio R. Lancellotti, responsável pela Pastoral do povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo
____________________________________________________________________________
Texto 2
É preciso que o congresso baixe a maioridade penal para 12 anos. Temos cavalões, homens formados do ponto de vista físico, assassinando e sendo protegidos pela lei.
Carlos Alberto Vasconcelos, Belo Horizonte, MG
A primeira pergunta que se coloca é: por que há crianças nas ruas pedindo esmolas? E o que oferecer a elas para que prefiram a escola, o lazer, a cultura e a qualificação profissional a ficar expostas a todo tipo de maldade nas grandes cidades? O raciocínio de tirá-las à força das ruas para devolvê-las às suas famílias ou para saber se os adolescentes têm mandado de busca e apreensão é simplista, ilegal e uma medida marcada pelo imediatismo de quem não sabe propor políticas públicas para a infância e a juventude. Quem não consegue fazer algo consistente que diminua a violência faz qualquer coisa para disfarçar o imobilismo diante da degradação que tomou conta do aparato de segurança e da ausência de políticas sociais. A sociedade já tem experiências suficientes quanto à proteção integral de crianças e adolescentes para sugerir e implantar. Violência maior é querer tirar desse jeito das ruas aqueles que lá atiramos pela nossa omissão e comodismo.
Padre Júlio R. Lancellotti, responsável pela Pastoral do povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo
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Texto 2
É preciso que o congresso baixe a maioridade penal para 12 anos. Temos cavalões, homens formados do ponto de vista físico, assassinando e sendo protegidos pela lei.
Carlos Alberto Vasconcelos, Belo Horizonte, MG
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Texto 3
Ao ser preso, o menor entra em contato com todo tipo de bandido, com quem vai fazer um curso completo de malandragem. Melhor educá-los e ensinar-lhes uma profissão.
Fernanda R. Augusto, Auckland, nova Zelândia
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Ao ser preso, o menor entra em contato com todo tipo de bandido, com quem vai fazer um curso completo de malandragem. Melhor educá-los e ensinar-lhes uma profissão.
Fernanda R. Augusto, Auckland, nova Zelândia
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Texto 4
Se prender alguém fosse um remédio eficaz contra a violência, o número de presidiários deveria diminuir em vez de aumentar.
João Marcionildo L. Santos, são Bernardo do Campo, SP
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Texto 5
A nossa legislação não admite que os menores de rua peçam esmolas ou vivam a esmo. O menor que se presta à mendicância pratica ato infracional sujeito a medidas socioeducativas e até internação em Febem. Pais que desertam e repudiam os filhos ou aqueles que vivam nas ruas cometem crimes, como o abandono material e intelectual. Assim sendo, a recente Operação Turismo Seguro, que retirou das ruas do rio de Janeiro mais de 300 crianças e adolescentes, tem pleno amparo legal. Demonstra que o Estado está cumprindo com o seu dever e, dessa forma, produzindo na população e nos turistas um sentimento de segurança. Experiências similares ocorridas na cidade de Nova York, que envolveram recolhimento dos moradores de rua, proibição de mendicância e encaminhamento obrigatório para abrigos, contaram com a resistência de determinados grupos, mas também com enorme apoio da população. Vitoriosas nos tribunais, resultaram em grande redução da criminalidade.
Ítalo Morelle, juiz de Direito em São Paulo
___________________________________________________________________________
Texto 6
Uma enquete promovida pelo jornal O Estado de São Paulo mostrou que 54,12% da população acreditam sim que prender menor de rua ajuda a combater a violência. Já 45,88% acreditam que essa não é uma medida correta; prender o menor de rua não ajuda a combater a violência.
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Dados retirados do Jornal O Estado de São Paulo
Boa prova!!!
Se prender alguém fosse um remédio eficaz contra a violência, o número de presidiários deveria diminuir em vez de aumentar.
João Marcionildo L. Santos, são Bernardo do Campo, SP
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Texto 5
A nossa legislação não admite que os menores de rua peçam esmolas ou vivam a esmo. O menor que se presta à mendicância pratica ato infracional sujeito a medidas socioeducativas e até internação em Febem. Pais que desertam e repudiam os filhos ou aqueles que vivam nas ruas cometem crimes, como o abandono material e intelectual. Assim sendo, a recente Operação Turismo Seguro, que retirou das ruas do rio de Janeiro mais de 300 crianças e adolescentes, tem pleno amparo legal. Demonstra que o Estado está cumprindo com o seu dever e, dessa forma, produzindo na população e nos turistas um sentimento de segurança. Experiências similares ocorridas na cidade de Nova York, que envolveram recolhimento dos moradores de rua, proibição de mendicância e encaminhamento obrigatório para abrigos, contaram com a resistência de determinados grupos, mas também com enorme apoio da população. Vitoriosas nos tribunais, resultaram em grande redução da criminalidade.
Ítalo Morelle, juiz de Direito em São Paulo
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Texto 6
Uma enquete promovida pelo jornal O Estado de São Paulo mostrou que 54,12% da população acreditam sim que prender menor de rua ajuda a combater a violência. Já 45,88% acreditam que essa não é uma medida correta; prender o menor de rua não ajuda a combater a violência.
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Dados retirados do Jornal O Estado de São Paulo
Boa prova!!!
terça-feira, 7 de outubro de 2008
"Você sabe como se capturam porcos selvagens?"
VOCÊ SABE COMO SE CAPTURAM PORCOS SELVAGENS?
Um dia, o professor de Química de um grande colégio, enquanto a turma estava no laboratório, percebeu um jovem que coçava continuamente as costas e se esticava como se elas doessem.
Ao ser questionado o aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas, pois tinha sido alvejado quando lutava contra os comunistas de seu país que estavam tentando derrubar o governo e instalar um novo regime, um “outro mundo possível ”. No meio do relato ele olhou para o professor e perguntou:
O senhor sabe como se capturam porcos selvagens ?
Não, respondeu o professor.
Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todo dia comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca. Mas só de um lado do lugar onde eles se acostumaram a vir.
Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam para comer o milho e você coloca o outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam para comer.
Você continua assim, até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no último lado. O porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, continuam a vir .
Você, então, fecha a porteira e captura o grupo todo. E assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade.
Eles ficam correndo e dando voltas dentro das cercas, mas logo voltam a comer o milho fácil e gratuito. E ficam tão acostumados a ele que esquecem como caçar na floresta por si próprios. E por isso, aceitam a servidão.
O jovem, então, disse ao professor que era isso o que ele via acontecer em seu país. O governo ficava empurrando o povo para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito, na forma de:
• propagandas de auxílio de renda,
• bolsas isso e aquilo,
• impostos variados,
• estatutos de proteção,
• cotas para estes e aqueles,
• subsídio para todo tipo de coisa,
• programas de bem-estar social,
• medicina e medicamentos gratuitos.
Sempre e sempre novas leis. Tudo ao custo da perda contínua da liberdade. Migalha a migalha.
Devemos nos lembrar que NÃO EXISTE ESSE NEGÓCIO DE ALMOÇO GRÁTIS e, também, que NÃO É POSSÍVEL ALGUÉM PRESTAR UM SERVIÇO MAIS BARATO DO QUE SERIA SE VOCÊ MESMO O FIZESSE.
Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa “ajuda” governamental se opõe ao futuro da democracia em nosso país, você vai refletir sobre o que acabou de ler. Mas se você acha que políticos e ongueiros pedem mais poder para as classes deles tirarem liberdade e dinheiro dos outros para beneficiar “você” ou os “pobres”, então você, provavelmente, irá ignorar este texto. E que Deus o ajude quando trancarem a porteira !
O milho já está sendo colocado faz tempo; as cercas estão sendo colocadas aos poucos; imperceptivelmente. E quando menos se espera.. PRONTO! TRANCAM A PORTEIRA!
Não, respondeu o professor.
Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todo dia comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca. Mas só de um lado do lugar onde eles se acostumaram a vir.
Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam para comer o milho e você coloca o outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam para comer.
Você continua assim, até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no último lado. O porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, continuam a vir .
Você, então, fecha a porteira e captura o grupo todo. E assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade.
Eles ficam correndo e dando voltas dentro das cercas, mas logo voltam a comer o milho fácil e gratuito. E ficam tão acostumados a ele que esquecem como caçar na floresta por si próprios. E por isso, aceitam a servidão.
O jovem, então, disse ao professor que era isso o que ele via acontecer em seu país. O governo ficava empurrando o povo para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito, na forma de:
• propagandas de auxílio de renda,
• bolsas isso e aquilo,
• impostos variados,
• estatutos de proteção,
• cotas para estes e aqueles,
• subsídio para todo tipo de coisa,
• programas de bem-estar social,
• medicina e medicamentos gratuitos.
Sempre e sempre novas leis. Tudo ao custo da perda contínua da liberdade. Migalha a migalha.
Devemos nos lembrar que NÃO EXISTE ESSE NEGÓCIO DE ALMOÇO GRÁTIS e, também, que NÃO É POSSÍVEL ALGUÉM PRESTAR UM SERVIÇO MAIS BARATO DO QUE SERIA SE VOCÊ MESMO O FIZESSE.
Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa “ajuda” governamental se opõe ao futuro da democracia em nosso país, você vai refletir sobre o que acabou de ler. Mas se você acha que políticos e ongueiros pedem mais poder para as classes deles tirarem liberdade e dinheiro dos outros para beneficiar “você” ou os “pobres”, então você, provavelmente, irá ignorar este texto. E que Deus o ajude quando trancarem a porteira !
O milho já está sendo colocado faz tempo; as cercas estão sendo colocadas aos poucos; imperceptivelmente. E quando menos se espera.. PRONTO! TRANCAM A PORTEIRA!
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Coletânea: A lei seca
Coletânea:
Texto 1
Texto 1
A nova lei de trânsito, em vigor desde 20 de junho, proíbe que as pessoas bebam e dirijam. A tolerância para o teor de álcool no organismo é tão baixa – 0,2 gramas por litro de sangue ou 0,1 miligrama por litro de ar expelido dos pulmões – que equivale, na prática, a uma lei seca para os motoristas. Flagrado acima do limite de 0,1 miligrama, o cidadão recebe uma multa de R$ 955 e perde o direito de guiar por um ano. Se o bafômetro chegar a 0,3 miligrama – ou o exame de sangue a 0,6 - , ele é detido, processado e pode pegar uma pena de seis meses a três anos de prisão.nunca se viu nada assim no Brasil. Repentinamente, beber e dirigir virou crime.
Texto 2
“Sou a favor da lei, já vi as barbaridades que os bêbados fazem ao volante, mas a polícia devia ser mais flexível”, diz Ronaldo Pimentel, comerciante paulistano de 27 anos que foi flagrado com 0,19 miligrama no bafômetro. Ronaldo tomou uma lata de cerveja às 7 horas da noite e foi parado pela polícia por volta de 1 hora da manhã. O policial que o testou percebeu que ele estava sóbrio e não recolheu sua carteira de habilitação, porém lavrou uma multa e o impediu de voltar para casa dirigindo.
Texto 3
“O combate à violência no trânsito tem de começar em algum ponto, e o ponto perfeito é impedir que alguém que bebeu dirija. É simples e necessário” Diz o antropólogo carioca Roberto DaMatta.
Texto 4
Ao contrário dos cidadãos europeus e americanos, submetidos há décadas à dura disciplina do bafômetro, os brasileiros estão acostumados a desfrutar do álcool sem abrir mão do automóvel.
Texto 5
Embora a lei seja necessária, ainda há divergências quanto a sua aplicação. Os sindicatos de bares e restaurantes se preparam para pedir na Justiça que a lei seja amenizada. A ordem dos Advogados do Brasil diz que vai ao Supremo Tribunal Federal pelo direito de as pessoas se recusarem a soprar o bafômetro.
Texto 6
“Aprendemos que a lei tem de ser dura, mas sozinha ela não funciona”, afirma José Ucles, porta-voz do Departamento de Trânsito dos EUA. “Tem de haver uma combinação de educação, divulgação e fiscalização”. Aqui no Brasil a fiscalização está só começando, e as campanhas de educação ainda não apareceram.
Fonte: Revista Época – 7 de julho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
Análise crítica de "Conto de escola" - Machado de Assis
O tema corrupção
“Conto de escola”, de Machado de Assis, narra o primeiro contato de um menino, Pilar, com a corrupção e a delação. Tudo começa quando Raimundo, o angustiado corruptor, filho do mestre, oferece uma moeda a Pilar, seu colega de classe, em troca de umas lições de sintaxe. Curvelo, o delator que era um pouco levado do diabo (MACHADO, 1997, p.105), os denuncia ao professor e ambos, Raimundo e Pilar, são violentamente castigados com doze bolos de palmatória cada.
Segundo Ivan Proença (1997, p. 23), “Conto de escola” não é de estilo propriamente machadiano, pois em seu conteúdo destaca-se a esperança. Isto é, existe a possibilidade de que, na inocência das crianças, o rumo ético e político da nação possa ser mudado, seria a representação da idéia de que as gerações seguintes poderiam vir a ser mais honestas e de bom caráter. Ainda conforme Proença (1997, p. 24), o autor demonstra tal posicionamento a partir do instante em que descreve o fato de o som de um tambor, juntamente da marcha militar, se tornar mais importante, aos olhos de Pilar, do que uma moeda de prata, cuido que doze vinténs ou dous tostões (MACHADO, 1997, p. 106). Dessa forma, Machado deu um final puramente lírico ao conto, fazendo com que a batida do tambor induzisse o herói a abandonar a idéia de vingança contra Curvelo e desistir de encontrar a moeda, representando assim a alegria e a inocência da criança.
Entretanto, discorda-se, neste trabalho, de tão inocente interpretação. Ora, por que então Machado iria se importar em caracterizar o tambor, no final da história, como o diabo do tambor (MACHADO, 1997, p. 110)? Crê-se que nesse termo se faz presente, mais uma vez, bem como nas demais obras da chamada segunda fase, o pessimismo e a ironia do autor. Pois, considerando-se que o conto foi narrado em primeira pessoa do singular, tratando-se, portanto, do relato feito pela personagem sobre suas lembranças em um determinado momento de sua vida. Pode-se afirmar que há a presença do arrependimento de Pilar por não ter pego a moedinha de prata, já que o narrador refere-se ao tambor fazendo uso da palavra diabo, como se o instrumento musical fosse o culpado pela distração da personagem, conseqüentemente da perda do lucro. Tem-se então o ponto de vista de um adulto que, caso a mesma situação se repetisse em dias atuais, provavelmente voltaria para pegar a moeda, o que reforça a idéia da perda da inocência a medida em que o ser humano aproxima-se da fase adulta. Logo, é descoberta, nessa situação, o pessimismo machadiano, em que há o desmoronamento de uma ilusão: a de que as crianças representam a possibilidade de um futuro melhor e mais justo para a humanidade.
O pessimismo irônico de Machado se faz notar fortemente no tema do conto que aborda a corrupção, e o que é pior, a corrupção na infância. Assim, o contista apresenta a idéia de que somos corruptos ou estamos pré-dispostos a tal ato desde criança. No texto, “Clientelismo e corrupção no Brasil contemporâneo”, trabalha-se a corrupção como um fato social, o qual está aliado à política do favor, base e fundamento do Estado brasileiro. Segundo Martins (1994, p. 20), é hábito do brasileiro (principalmente em questões políticas) instituir alianças por meio da política do favor que nada mais seria do que o ato de sentir-se na obrigação de ajudar alguém, não por solidariedade, mas por benefício próprio. Por exemplo, ajudo fulano hoje porque amanhã, talvez, quando precisar, fulano se sentirá na obrigação de me ajudar, retribuindo, assim, o favor anteriormente prestado.
Os mecanismos tradicionais do favor político sempre foram considerados legítimos na sociedade brasileira. Não só o favor dos ricos aos pobres, o que em princípio já era compreendido pela ética católica. Mas o favor como obrigação moral entre pessoas que não mantêm entre si vínculos contratuais ou, se os mantêm, são eles subsumidos pelos deveres envolvidos em relacionamentos que se baseiam antes de tudo na reciprocidade (MARTINS, 1994, p. 35).
Assim, pode-se afirmar que Pilar se sentiu na obrigação de ajudar Raimundo, por ser este seu amigo. Porém deve-se deixar claro que, conforme o próprio Pilar afirma, teria ajudado o filho do mestre de qualquer modo, sem que este precisasse lhe dar algo em troca. Tem-se, neste pensamento, a solidariedade e o senso de companheirismo, considerados pela sociedade, em geral, características de um bom caráter.
Se me tem pedido a cousa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes, mas parece que era a lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não aprender como queria (...), mas queria assegurar-lhe a eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera e que ele guardava como relíquia ou brinquedo (MACHADO, 1997, p. 107).
A corrupção, presente nesse conto de Machado, é representada pelo ato de Raimundo em pagar seu amigo, Pilar, para que este lhe ensinasse, às escondidas, o conteúdo desejado, na implícita condição de que ambos assumissem, frente ao mestre e aos colegas, a melhora das notas do primeiro como sendo único e exclusivo mérito seu. O ciclo da corrupção se completa com o aceite da proposta por Pilar. Mas, então, surge a possível pergunta do leitor perante tal situação: seria Raimundo uma criança de má índole? O que o teria levado a tal ato?
O autor utiliza-se de um realismo sutil que permite ao leitor atento uma interpretação mais detalhada da situação. Ele fornece pistas ao longo da história que ajudam o leitor a formular hipóteses, as quais podem levá-lo a conclusões mais precisas. Por exemplo, no caso de Raimundo, poderia explicar-se a ação do filho do mestre baseando-se na idéia do medo que o mesmo sentia do pai. Medo de levar uma surra de palmatória frente a possíveis notas baixas e, conseqüentemente, medo da humilhação que sentiria perante a classe. Já que, conforme o próprio narrador afirma, Raimundo era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco (MACHADO, 1997, p. 104). Além do medo ao pai, existe a idéia da gratidão ao amigo. Martins (1994, p. 43) assevera que, na sociedade brasileira, tem-se o costume de dar presentinhos frente a um favor como forma de agradecimento. Portanto, não seria incorreto afirmar que Raimundo usou-se da moeda de prata não somente para garantir uma lição bem dada, conforme demonstrado na citação anterior: o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não aprender como queria (...) (MACHADO, 1997, p. 107), mas também para demonstrar ao amigo consideração.
(...) é aparentemente insuportável para a população brasileira estabelecer relações sociais de qualquer natureza, políticas ou não, com base unicamente nos pressupostos racionais do contrato social e com base no pressuposto da igualdade e da reciprocidade como princípios que regulam e sustentam as relações sociais. Sem a mediação do “presentinho”, de alguma forma de retribuição extra-econômica, a relação fica ininteligível e cria um sentimento de ingratidão e culpa que torna a vida insuportável (MARTINS, 1994, p. 43).
Machado descreve assim, com pessimismo e humor irônico, bem como em suas obras de segunda fase, o ato da corrupção. Ele permite que se conclua que o ato corrupto, representado no conto, tenha sido uma conseqüência do medo de Raimundo por seu pai. Portanto, deixa claro que a culpa não pertence somente às crianças envolvidas, mas também ao professor. Machado mostra com isso que as ações individuais podem ser frutos de um convívio social, sendo que não se pode culpar apenas uma ou duas pessoas, mas grande parte delas, por determinadas situações.
domingo, 1 de junho de 2008
Concurso de Redação Lê Devolve
Olá, galerinha!
Como combinamos, aí está o link (http://www.gosites.com.br/ledevolve/) para que vocês possam ler direitinho o regulamento do concurso e fazerem as inscrições. O tema é fácil e interessante. Pensem a respeito do assunto para que possamos trocar idéias depois. Para ajudar nas reflexões façam uma lista sobre as coisas mais importantes que precisamos para vivermos bem. Por exemplo:
- Diminuir as diferenças sociais;
- Ser mais solidário;
- Sorrir mais;
- Não poluir o meio ambiente;
- Amar verdadeiramente o próximo...
Bom, a lista pode ficar enorme, não é mesmo?!
Então, mãos à obra!
Até mais! Beijos!
Como combinamos, aí está o link (http://www.gosites.com.br/ledevolve/) para que vocês possam ler direitinho o regulamento do concurso e fazerem as inscrições. O tema é fácil e interessante. Pensem a respeito do assunto para que possamos trocar idéias depois. Para ajudar nas reflexões façam uma lista sobre as coisas mais importantes que precisamos para vivermos bem. Por exemplo:
- Diminuir as diferenças sociais;
- Ser mais solidário;
- Sorrir mais;
- Não poluir o meio ambiente;
- Amar verdadeiramente o próximo...
Bom, a lista pode ficar enorme, não é mesmo?!
Então, mãos à obra!
Até mais! Beijos!
sábado, 31 de maio de 2008
Leiam! É importante!
Pessoal, a nossa ortografia está passando por mudanças. Leiam atentamente o texto abaixo, reflita sobre o caso, discuta com os amigos e com a família. Esse assunto será tratado em sala e quero muito saber a opinião de cada um.
Beijos e boa leitura!
Beijos e boa leitura!
Acordo ortográfico
Parlamento português aprova acordo ortográfico
A implantação da reforma no Brasil era adiada devido à não-adesão de Portuga. Entre as novas regras, estão o fim do trema e do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" em palavras paroxítonas, como "idéia"O parlamento português aprovou ontem o acordo ortográfico da língua portuguesa já ratificado por Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Em tese, mesmo sem a aprovação de Portugal, as novas normas já estariam em vigor no Brasil, porque para isso bastam as assinaturas de três países daCPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). A implantação da reforma ortográfica, porém, estava sendo adiada devido à não-adesão de Portugal. Agora, o país europeu estabeleceu um prazo de seis anos para a adaptação de livros e provas de concurso público, entre outros.
O acordo foi firmado em 1990. Em 1995, o Congresso brasileiro o aprovou. Agora, a implantação definitiva depende só de um decreto do presidente Lula, ainda sem data.O MEC (Ministério da Educação) informou, via assessoria de imprensa, que, na semana que vem, o ministro Fernando Haddad irá procurar o seu par no governo português para definir um cronograma conjunto. No Brasil, porém, o prazo de adaptação será mais curto.
Recentemente, oMEC determinou que, em 2010, os livros didáticos de escolas públicas játerão de estar adaptados. As editoras podem começar a mudança já no anoque vem. O ministério irá definir também um cronograma para a implantação das novas regras em outros suportes, como livros de literatura e dicionários.
Entre as novas regras, estão o fim do trema, do acento agudo nos ditongosabertos "ei" e "oi" em palavras paroxítonas, como "idéia" e "jibóia", e do acento diferencial para distinguir o verbo "pára" da preposição "para".Também deixarão de existir consoantes mudas ainda usadas em Portugal("óptimo").
A reforma causou polêmica em Portugal. Nesta semana, um abaixo-assinado contrário a ela obteve 33 mil adesões. Um dos motivos para que Portugal demorasse a aprovar o acordo, que é de1990, foi a pressão das editoras nacionais, que tinham medo de perder mercado para as brasileiras. Editoras brasileiras ouvidas pela Folha, porém, dizem que ainda há dificuldades para entrar nos mercados africano e português, como as diferenças de vocabulário e de currículo.
MEC treinará professor para a reforma ortográfica
Na opinião do presidente da ABL, mudança será boa para os 2 países. Professores afirmam que não deve haver dificuldades e prevêem um períodode três anos para adaptação às novas regras ortográficas.
Após ser informado de que o parlamento português havia aprovado o acordo ortográfico, o ministro Fernando Haddad (Educação) deu ordem para a Secretaria de Educação Básica, do próprio do ministério, estabelecer um cronograma para o treinamento dos professores da educação básica. O MEC estuda a elaboração de uma cartilha com o novo vocabulário. Na opinião do presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras), CíceroSandroni, o acordo é bom para os dois países. "São 10 milhões de pessoasem Portugal e mais de 180 milhões no Brasil, e os livros portugueses não são bem-vindos no Brasil. Para eles, é um mercado enorme, e para nós também será ótimo", afirmou.
Para o ex-presidente da ABL, Marcos Vilaça, "a simplificação do emprego do idioma vai possibilitar o incremento das relações culturais". Professores ligados ao ensino fundamental e médio consultados pela Folha disseram acreditar que não haverá grandes dificuldades de adaptação à reforma ortográfica, já que ela não altera de forma profunda o português utilizado no Brasil."As mudanças não serão grandes e algumas já deveriam ter ocorrido anteriormente. O trema, por exemplo, praticamente nem se usa.
Além disso, os meios de comunicação estão divulgando bem e os professores acompanham", disse Carlos Ramiro, presidente do Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
José Eduardo Botelho de Sena, professor da escola Internacional de Alphaville, em Barueri (Grande SP), também acredita que as mudanças serão recebidas com facilidade."Não é um acordo que vai mudar a língua portuguesa, apenas a representação gráfica", afirmou. "Tenho uma preocupação do efeito que pode ter com vestibulandos, porque pode surgir um temor em torno da adaptação. Mas um aluno do primeiro ano do ensino médio que aprenda agora, ao final dos três anos, vai estar absolutamente tranqüilo."O professor afirmou que um prazo adequado para a adaptação das escolas é de até três anos. O período é o mesmo considerado por Maria Paula ParisiLauria, assessora de língua portuguesa da escola Nossa Senhora das Graças(Gracinha), de São Paulo.
A escola, segundo Lauria, ainda não definiu quando vai começar a aplicaras alterações nem como ela será feita. A proposta é reunir todos os professores especialistas na área e os do ensino fundamental que trabalham com português para debater as mudanças.
"Acho que vamos conviver por um tempo com a antiga grafia e as novas regras. Acredito que vamos para a mudança efetiva a partir do momento em que os impressos [como livros e jornais] forem aparecendo com os novos acentos."
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1705200827.htm
domingo, 25 de maio de 2008
Instruções para a prova do dia 27/05/08
Olá, pessoal!
A nossa prova está próxima! Vocês deverão produzir um conto fantástico. Lembrem-se de tudo que foi trabalhado sobre o conto, especialmente as características do conto fantástico. Logo abaixo, vocês têm mais dicas sobre tal gênero, não deixe de ler o material.
Agora, vejam um pequeno trecho de um texto de J.J.Veiga que nos serve como exemplo para avaliarmos as características do conto fantástico:
A nossa prova está próxima! Vocês deverão produzir um conto fantástico. Lembrem-se de tudo que foi trabalhado sobre o conto, especialmente as características do conto fantástico. Logo abaixo, vocês têm mais dicas sobre tal gênero, não deixe de ler o material.
Agora, vejam um pequeno trecho de um texto de J.J.Veiga que nos serve como exemplo para avaliarmos as características do conto fantástico:
Muros muros Muro
Sem tio Baltazar a companhia deixou de existir para nós. meu pai continuava trabalhando lá, mas nem eu nem mamãe esperávamos que fosse por muito tempo. Logo nos primeiros dias do golpe, muita gente ligada a tio Baltazar foi demitida em duas ou três penadas, e não havia motivo para meu pai ser poupado. Com certeza a demora era porque os novos chefes estavam futucando a ficha dele para ver se rendia algum castigo a mais, demissão só podia ser pouco para o cunhado do chefe antigo. Os dias de meu pai estavam contados, só ele não via.
[...]
De repente os muros, esses muros, Da noite para o dia eles brotaram assim, retos, curvos, quebrados, descendo , subindo, dividindo as ruas ao meio conforme o traçado, separando amigos, tapando vistas, escurecendo, abafando. Até hoje não sabemos se eles foram construídos aí mesmo nos lugares ou trazidos de longe já prontos e fincados aí. no princípio quebrávamos a cabeça para achar o caminho de uma rua à rua seguinte, e pensávamos que não íamos nos acostumar, hoje podemos transitar por toda parte até de olhos fechados, como se os muros não existissem.
com tanto muro para encarar quando estávamos parados e rodear quando tínhamos de andar, a vida estava ficando cada dia mais difícil para todos, mas aqui em casa até que ainda não podíamos nos queixar. Além de não ser dispensado, meu pai ainda foi promovido a fiscal não sei de que, e parecia tão feliz como nos primeiros tempos da Companhia.
(J.J.Veiga. Sombras de reis barbudos.17.ed.rio de Janeiro; Bertrand Brasil,1989, p.25 e 27)
Ao fazer a sua prova verifique se seu conto apresenta características essenciais dos contos em geral: se é uma narrativa ficcional curta; se apresenta poucas personagens, poucas ações e tempo e espaço reduzidos; se o enredo está estruturado em apresentação, complicação e desfecho (ou subvertendo intencionalmente essa estrutura) Além disso, verifique se ele introduz acontecimentos estranhos ou sobrenaturais, que põem em xeque a divisão entre o lógico e o absurdo ou entre o real e o ficcional, e se a linguagem está de acordo com o perfil do narrador e das personagens.
Proposta da prova de produção
O texto que você deverá produzir deve ser do tipo NARRATIVO e do gênero CONTO FANTÁSTICO.
PROPOSTA
Leia a notícia abaixo. Depois, você vai criar um texto de ficção, ou seja, vai transformar a narrativa do fato real num relato em que sua imaginação pode interferir à vontade. Lembre-se de que o texto narrativo, essencialmente o conto, tem uma estrutura que deve ser obedecida (ambientação-conflito-clímax-desfecho) e também elementos fundamentais (personagens, tempo, espaço, ação, narrador e o enredo bem organizado e coerente). Cuide da seqüência lógica.
“Uma mulher não identificada pegou fogo em plena rua, sem razão aparente, no 9º caso de combustão espontânea de um ser humano registrado desde o século XVIII. Para o legista Robert Stein, de Chicago, onde aconteceu o fato, deve ter ocorrido a presença de um combustível ainda não identificado.” (Jornal da tarde, 7/8/1982)
Imagine que você estava passando na rua no exato instante em que tudo aconteceu. Estarrecido, você assiste tudo. A polícia pede então, que você relate o que viu. Ainda chocado com o fato, você informa detalhadamente como tudo se deu. Não se esqueça de dar um título ao seu conto.
PROPOSTA
Leia a notícia abaixo. Depois, você vai criar um texto de ficção, ou seja, vai transformar a narrativa do fato real num relato em que sua imaginação pode interferir à vontade. Lembre-se de que o texto narrativo, essencialmente o conto, tem uma estrutura que deve ser obedecida (ambientação-conflito-clímax-desfecho) e também elementos fundamentais (personagens, tempo, espaço, ação, narrador e o enredo bem organizado e coerente). Cuide da seqüência lógica.
“Uma mulher não identificada pegou fogo em plena rua, sem razão aparente, no 9º caso de combustão espontânea de um ser humano registrado desde o século XVIII. Para o legista Robert Stein, de Chicago, onde aconteceu o fato, deve ter ocorrido a presença de um combustível ainda não identificado.” (Jornal da tarde, 7/8/1982)
Imagine que você estava passando na rua no exato instante em que tudo aconteceu. Estarrecido, você assiste tudo. A polícia pede então, que você relate o que viu. Ainda chocado com o fato, você informa detalhadamente como tudo se deu. Não se esqueça de dar um título ao seu conto.
O Conto Fantástico
O conto fantástico teve suas origens no romance gótico do século XVIII. Aos poucos, foi abandonando os ambientes macabros daquela ficção, passou a se ocupar de novos temas, como os simbólicos, psicológicos e artísticos, e diminuiu em tamanho, tornando-se mais condensado.
Ligados a essa tradição estão textos clássicos do século XIX como "O homem de areia", de E.T.A. Hoffmann; "Frankestein", de Mary Shelley; "Retrato oval", de Edgar A. Poe; "O fantasma de Canterville", de oscar wilde, além de "A metamorfose" de Frans Kafka, no início do século XX.
Segundo o escritor Jose Paulo Paes, num conto fantástico em nenhum momento o leitor perde a noção da realidade. Por não perdê-la é que lhe causa surpresa o acontecimento ou acontecimentos estranhos, fora do comum ou aparentemente sobrenaturais que de repente parecem desmentir a solidez do mundo real até então descrito no conto. Nesse momento de surpresa e de perplexidade, está o próprio sal da literatura fantástica. Daí um de seus estudiosos, Tzvetan Todorov, a ter definido como aquela que provoca no espírito do leitor uma dúvida insolúvel entre uma explicação sobrenatural para os estranhos fatos que ela narra.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Enunciado da questão referente à charge
Pessoal, como combinamos, aí está o enunciado completo da questão referente à charge. observe atentamente o comentário feito e caprichem na criticidade ao interpretar a charge.
Beijos para todos!
Comentário sobre a charge de Jorge Braga
Leia e analise atentamente a charge de Jorge Braga publicada no jornal O Popular de 14/03/08 e o comentário de Avelar Lopes de Viveiros, morador do setor Jaó – Goiânia, a respeito da fala do nosso presidente: “É mais fácil governar para pobres”. Em seguida, elabore um pequeno texto evidenciando também o seu ponto de vista acerca do que foi dito pelo nosso presidente. Atente-se também para a ironia presente na carta do leitor Avelar.
“Me surpreendi com a notícia de que o presidente Lula teria avaliado que governar para pobre é mais fácil que governar para rico. Pensava que, mesmo depois de oito anos de governo, ainda não acharia nada em que concordar com este cidadão. Concordei agora. De fato, é mais fácil governar para pobre. Afinal, rico é chato mesmo. Querem asfalto, água encanada, luz, educação e saúde. Exigem até aviões terminais seguros. Rico é tão exigente que quer até ensino de qualidade. Já pobre... Ah, para pobre uma cesta básica basta. Valeu presidente”
Avelar Lopes de Viveiros
O Popular 14/03/2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Texto da prova de recuperação
Boa tarde, pessoal!
Aí está o texto da prova de recuperação. Façam-o com capricho!
Boa sorte a todos!
Leia atentamente o trecho abaixo. Em seguida, dê continuidade à história. Crie um enredo interessante, um clímax envolvente. Capriche nos detalhes ao caracterizar o tempo, o espaço e os personagens. Dê asas à imaginação, surpreenda o seu leitor.
Além disso, capriche também na letra, siga as margens, estruture bem os parágrafos e atente-se para a ortografia e acentuação.
Boa prova!
Sucesso!
“O camarada chegou assim com ar suspeito e – como não parecia ter ninguém por perto – forçou a porta do apartamento e entrou. Eu estava parado olhando, para ver no ia dar aquilo. Na verdade eu estava vendo nitidamente toda a cena e senti que o camarada era mau-caráter.
E foi batata. Entrou no apartamento e olhou em volta. Penumbra total. Caminhou até o telefone e desligou com cuidado, na certa para que o aparelho não tocasse enquanto ele estivesse ali. Isto – pensei – é porque ele não quer que ninguém note a sua presença: logo, só pode ser um ladrão, ou coisa assim.
Mas não era...”
(Testemunha tranqüila – Stanislaw Ponte Preta)
sexta-feira, 28 de março de 2008
OLHA O TEXTO DA PROVA AÍ, GENTE!!!
OLHA O TEXTO DA PROVA AÍ, GENTE!!!
O texto que segue é o mesmo que vocês encontrarão na prova. Leia-o atentamente, principalmente, as instruções. Dê asas a sua imaginação, se envolva com a história e surpreenda o seu leitor.
Tenho certeza de que vocês vão criar ótimas histórias!
Valsinha
Um dia ele chegou tão diferente
Do jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar.
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito
De sempre falar.
E nem deixou-a só num canto,
Pra seu grande espanto
Convidou-a pra rodar.
E então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar.
Com seu vestido decotado cheirando a guardado
De tanto esperar.
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo
Não se usava dar.
E cheios de ternura e graça
Foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou.
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou.
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos
Um dia ele chegou tão diferente
Do jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar.
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito
De sempre falar.
E nem deixou-a só num canto,
Pra seu grande espanto
Convidou-a pra rodar.
E então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar.
Com seu vestido decotado cheirando a guardado
De tanto esperar.
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo
Não se usava dar.
E cheios de ternura e graça
Foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou.
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou.
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos
Roucos como não se ouviam mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu em paz.
Chico Buarque e Vinícius de Morais (1970)
Após a leitura atenta do texto, sua tarefa será recontar o fato acima detalhando e enriquecendo a narrativa como quiser. Quanto ao foco narrativo, escolha:
a) narrador-observador (3ª pessoa);
b) narrador-personagem (1ª pessoa/ ele ou ela);
c) narrador-personagem (1ª pessoa/ o vestido).
Faça o seu texto à caneta e em, aproximadamente 25 linhas. Dê um título criativo para a sua história e lembre-se de que a falta do mesmo prejudicará a sua nota. Envolva e surpreenda o seu leitor, explore a sua criatividade!
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu em paz.
Chico Buarque e Vinícius de Morais (1970)
Após a leitura atenta do texto, sua tarefa será recontar o fato acima detalhando e enriquecendo a narrativa como quiser. Quanto ao foco narrativo, escolha:
a) narrador-observador (3ª pessoa);
b) narrador-personagem (1ª pessoa/ ele ou ela);
c) narrador-personagem (1ª pessoa/ o vestido).
Faça o seu texto à caneta e em, aproximadamente 25 linhas. Dê um título criativo para a sua história e lembre-se de que a falta do mesmo prejudicará a sua nota. Envolva e surpreenda o seu leitor, explore a sua criatividade!
UM GRANDE BEIJO! BOA SORTE E BOA PROVA!
A Tessitura Narrativa
A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas essenciais:
O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? - personagens;
COMO?- o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO?- o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? - a causa do acontecimento.
Observe como se aplicam no texto de Manuel Bandeira esses elementos:
Tragédia brasileira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu maria Elvira na Lapa - prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escãndalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moravam no Estácio, Rocha, Catete, rua General Pedra, Olaria, Ramos, bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato. Inválidos...
Por fim, na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentimentos e de inteligência, matou-a com seis tiros e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? - personagens;
COMO?- o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO?- o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? - a causa do acontecimento.
Observe como se aplicam no texto de Manuel Bandeira esses elementos:
Tragédia brasileira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu maria Elvira na Lapa - prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escãndalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moravam no Estácio, Rocha, Catete, rua General Pedra, Olaria, Ramos, bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato. Inválidos...
Por fim, na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentimentos e de inteligência, matou-a com seis tiros e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
(Manuel Bandeira)
* O quê? Romance conturbado, que resulta em crime passional;
* Quem? Misael e Maria Elvira;
* Como? O envolvimento inconsequente de um homem de 63 anos com uma prostituta;
* Onde? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e vários outros lugares;
* Quando? Duração do relacionamento: 3 anos
* Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira.
A Narrativa
Narrar é contar uma história (real ou fictícia). o fato narrado apresenta uma seqüência de ações envolvendo personagens no tempo e no espaço. convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado: exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época), desenvolvimento(desenrolar dos fatos apresentando complicação e clímax) e desfecho (arremate da trama). Entretanto, há diferentes formas de se compor uma trama, seja iniciá-la pelo desfecho, construí-la apenas através de diálogos, ou mesmo fugir ao nexo lógico de episódios.
Veja no texto abaixo todas os elementos básicos de uma narrativa, os mesmos estão separados por diferentes cores e no final há uma legenda explicativa:
Um homem de consciência
Chamava João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lelíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.
Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipóstese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem saber o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.
Mas João Teodoro acompanhava com aperto no coração o deperecimento visível de sua Itoaca (1).
_ Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. já teve seis advogados e hoje mal há serviço para um rábula ordinário como Tenório. nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itoaca está se acabando...
João Teodoro entrou a incubar a idéia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itoaca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
_ É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que itoaca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.
Um dia (2), aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado (3). Nosso homem recebeu a notícia (3) como se fosse uma porretada no crãnio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...
Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa sriíssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itoada!...
João Teodoro caiu em meditação profunda (3). passou a noite (2) em claro, pensando e arrumando as malas (3). Pela madrugada (3) botou-as num burro (3), montou seu cavalo magro e partiu.
_Que é isso, João? para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?
_ Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que itoaca chegou mesmo ao fim.
_ Mas, como? Agora que você está delegado?
_ Justamente por isso, terra em que João Teodoro chegou a delegado, eu não moro. Adeus.
E sumiu(3).
Monteiro Lobato
1- Espaço
2- Tempo
3- Ação
Legenda explicativa:
Rosa: Exposição
Vermelho: Desenvolvimento - Parte em negrito: complicação
Azul: Desfecho
É bom recordar!
NÃO DIGA:
-Menas e sim menos
-Iorgutee sim iogurte
-Mortandela e sim mortadela
-Mendingo e sim mendigo
-Trabisseiro e sim travesseiro
-Trezentas gramas (é O grama e não A grama
-Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade)
-Cardaço e sim cadarço
-Asterístico e sim asterisco
-Meia cansada e sim meio cansada
E lembre-se também :
-Mal é o oposto de Bem
-Mau é o oposto de Bom
-A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar
-O certo é CUSPIR e não GOSPIR
-O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
-Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino !
-O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos
-Homens dizem OBRIGADO e mulheres OBRIGADA
-O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO
-"FAZ dois anos que não o vejo" e não " FAZEM dois anos"
-POR ISSO e não PORISSO.
-COM CERTEZA e não CONCERTEZA
- O QUE e não OQUE
-DE REPENTE e não DERREPENTE
-DESDE e não DEUSDE nem DESDE DE
-"HAVIA muitas pessoas no local" e não " HAVIAM"
-"PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...." PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA (deixe isso para o Zé Dirceu)
-A PARTIR e não À PARTIR
-Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim comprar ou para mim comer. (mim não conjuga verbo; apenas "eu, tu, eles, nós, vós, eles")
-Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.)
-As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka, etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura.
- Jamais diga ou escreva “seje” e “esteje”; essas palavras não existem. O correto é “seja” e “esteja”
NÃO DIGA:
-Menas e sim menos
-Iorgutee sim iogurte
-Mortandela e sim mortadela
-Mendingo e sim mendigo
-Trabisseiro e sim travesseiro
-Trezentas gramas (é O grama e não A grama
-Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade)
-Cardaço e sim cadarço
-Asterístico e sim asterisco
-Meia cansada e sim meio cansada
E lembre-se também :
-Mal é o oposto de Bem
-Mau é o oposto de Bom
-A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar
-O certo é CUSPIR e não GOSPIR
-O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
-Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino !
-O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos
-Homens dizem OBRIGADO e mulheres OBRIGADA
-O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO
-"FAZ dois anos que não o vejo" e não " FAZEM dois anos"
-POR ISSO e não PORISSO.
-COM CERTEZA e não CONCERTEZA
- O QUE e não OQUE
-DE REPENTE e não DERREPENTE
-DESDE e não DEUSDE nem DESDE DE
-"HAVIA muitas pessoas no local" e não " HAVIAM"
-"PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...." PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA (deixe isso para o Zé Dirceu)
-A PARTIR e não À PARTIR
-Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim comprar ou para mim comer. (mim não conjuga verbo; apenas "eu, tu, eles, nós, vós, eles")
-Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.)
-As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka, etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura.
- Jamais diga ou escreva “seje” e “esteje”; essas palavras não existem. O correto é “seja” e “esteja”
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
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